Santo Estêvão

Em um gesto de amor e reverência,

Estêvão se entregava como um lírio,

Queria ter de Cristo a resiliência

Nas horas derradeiras do martírio.

Durante aquela chuva de tormento,

As pedras perfuravam como espinho!

Por que sangrar em gesto violento?

Que vale se expandir pr'outro caminho?!

A luz incandescente repousava

No peito consumido que exortava

As formas mais sublimes de passar!

Exangue, machucado, em seu martírio,

Transforma cada rocha num colírio,

Grafando, com clareza, o verbo amar.

* Da coletânea "Oratório Poético" do Instituto Horácio Dídimo.

* Presente também na antologia "Escola Revivalista".

Gabriel Zanon Garcia
Enviado por Gabriel Zanon Garcia em 14/07/2022
Reeditado em 27/12/2022
Código do texto: T7559187
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