SONETO EM REVERENCIA

Evocar o tempo, e nesta saudade em rudez

as lembranças são qual suspiros de tua ida

o silêncio invasor na casa após a tua partida

pra morte, igual, desfolho outonal em palidez

Fatal e transitório, a nossa viveza é vencida

pelo sopro funesto, ao sentimento a viuvez

Julho, agosto, setembro, vai-se mês a mês

ano a ano e outro ano a recordação parida

Da saudade filial, que dói numa dor doída

de renovação amarga e de vil insipidez

que renasce na gelada ausência sofrida

No continuar, o vazio, traz pra alma nudez

chorada na recordação jamais esquecida...

Neste soneto solene: - sua bênção outra vez!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

13 de julho, 2016 - Cerrado goiano

À morte de meu pai, em 13 julho - 2015

Naquela madrugada, o seu silêncio escreveu saudades e com ele sua morte trazia...

Acordaste do sonho da vida, e tuas lembranças, nos acolhia.

Vídeo no Canal do YouTube:

https://youtu.be/kpI4mWvlpPE

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 13/07/2022
Reeditado em 13/07/2022
Código do texto: T7558824
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