Homenagem póstuma: PLÁCIDO AMARAL
*AO POETA PLÁCIDO AMARAL*
("In Memoriam")
Partiu o poeta Plácido Amaral!
Oh que triste notícia nos é dada,
Neste sábado, pois a malfadada
Morte transporta o bardo ao eternal,
Ao mistério da vida, como tal,
Quando esta faz cessar como apagada
Vela, após se exaurir, sacrificada,
Em chama, sobre áureo castiçal.
Mas ninguém esperava tal evento,
O fatídico e brusco passamento
Deste querido e bom poeta da ABRASSO.
O Senhor o chamou, em Seu mistério,
Para com Ele estar, no enigma etéreo,
Placidamente, em Seu eterno abraço!
(J. Udine Vasconcelos)
*SONETO nº 7581.* Sáfico-heroico.
(in memoriam). Mesóstico em Diagonal.
Noneto nº 314
Parei e li de novo o texto feito,
olhei notícia triste em meu teclado:
Plácido foi rever seu novo pleito;
venceu a morte, está no Lar Sagrado.
Sumiu do corpo toda a dor do leito!
O cordelista teve o som marcado;
bom sonetista fez o tom perfeito;
um trovador feliz em todo o Estado.
Família, amigos sentem uma brisa
que o verso traz aos olhos, tantas vezes
somente o corpo morre, então avisa:
Brilhante estrela pisca, e o éter sai...
A vida alonga os dias, trilha meses...
-Estou em Paz, na “Casa deste Pai.”
(Sílvia Araújo Motta)
*AO SONETISTA PLÁCIDO AMARAL*
Sentindo, ainda, o golpe da partida,
Eu beijo a sua face na lembrança,
Lançando a dor de sua despedida
Nos versos que eternizam a aliança.
O fio desta lágrima vertida
Não cessa por enquanto, não descansa...
E, neste pensamento, a própria vida
Parece a irmã fiel da morte mansa.
Agora, marco a elástica homenagem,
Sorrindo para a sua linda imagem
Que vive no ideal, mas tão real...
E, após a sua Inédita Viagem,
Aqui, dedico a lírica linguagem
Ao sonetista PLÁCIDO AMARAL!
(Ricardo Camacho)
*AO POETA APAIXONADO*
Partiu de nós o amigo inesquecível,
o bom poeta Plácido Amaral,
Subiu degraus, galgou um alto nível
num vôo lindo, etéreo e magistral.
Mas entre nós deixou um roseiral
de rubras flores, belo e apetecível,
Nem mesmo a morte em rito tão cabal
à sua intrepidez deitou desnível.
Viveu apaixonado o exímio vate,
seus versos tinham brilho de escarlate
e a sua inspiração cantou o amor.
Agora cantará no azul do céu,
pois já rompeu o negro e denso véu,
e descansou nos braços do Senhor!
(Geisa Alves)
*TRIBUTO AO GRANDE VATE*
Sentir a falta sua, meu confrade,
será, à nossa Arcádia, inevitável.
Você, que sempre foi amigo afável,
nos deixa esse vazio e essa saudade!
Poeta de doçura inigualável
e um coração repleto de bondade…
Feliz de quem ganhou sua amizade
e pôde perceber como era amável!
Disseminou poesias e carisma,
seu riso era sincero, sem sofisma,
e incorporava um bardo sem igual…
Que seja agora um anjo nas alturas,
abençoando as nossas escrituras,
meu caro amigo Plácido Amaral!
(Edy Soares)
*A CASA EM LUTO*
A casa entristecida vive o luto;
Partiu de nossas vidas, de repente,
O irmão que o amor versava, docemente,
O filho ilustre, um gênio, em absoluto.
Partiu! Mas nos deixou o tenro fruto
Da poesia, em graça e chama ardente,
Trazendo o replantio da semente,
E o vate, renascido, em canto arguto.
Segue, poeta, vai versar no céu
Sonetos, versos livres, trovas, prosas...
E leva na bagagem um troféu,
Por nos legar o espólio magistral;
Também as orações e algumas rosas,
Querido Vate, Plácido Amaral!
(Aila Brito)
*A PLACIDEZ DO MENESTREL*
Partiu de volta à casa do Senhor,
ouvindo a voz do Pai celestial.
Por certo, com esmero e com primor,
verseja, junto aos anjos, no coral.
Predestinado à paz do Salvador,
foi pacificador de voz plural.
Traduz, na assinatura, o dom do amor,
por tanto amar, nomeia-se Amaral.
O nosso menestrel — talento nato —
partiu rasgando o véu do anonimato,
com seus sutis poemas nos ensina…
A placidez manteve aqui conosco,
com versos, corrigiu o mundo tosco,
trazer no nome Plácido era sina!
(Elvira Drummond)
*GRANDE VATE*
Em homenagem a Plácido do Amaral.
Não sei bem mensurar a despedida,
é hora de difícil precisão,
não há um meio termo na partida,
quem fica tem magoado o coração.
O que vai deixa a seta repartida,
um hiato entre o sim e o amargo não,
nosso amigo se fez poeta em vida
e deixou seu legado, com visão.
Grande Vate foi Plácido Amaral,
poeta de talento e sutileza,
em soneto cantou muita beleza,
também em outros versos: genial!
Com rimas tão repletas de leveza,
assim será lembrado, com certeza!
(Basilina Pereira)
*A MORTE DE UM POETA*
Para Plácido Amaral
Quando um poeta morre, os versos choram,
As rosas desse amor, despedaçadas,
Recitam o poema, entrelaçadas
Nas dores que no pranto nos devoram.
As flores, em cesuras, se descoram,
Palavras, de repente, estilhaçadas,
As rimas se consolam abraçadas,
Sonetos, em silêncio, cantam e oram.
Em pleno meio-dia, anoiteceu
(Poetas sempre estão em tenra idade)
E a voz declamadora emudeceu.
Mergulha a poesia na saudade,
A inspiração que agora adormeceu
Despertará no céu da eternidade!
(Luciano Dídimo)
*HOMENAGEM PÓSTUMA*
Este pequeno poeta homenageia
Um outro enorme, Plácido Amaral,
Se atreve, se encoraja, nutre a veia
Da dor deste momento tão crucial.
Momento, que entre nós chora e permeia.
Perder um poeta de estrutura tal,
Cujo verso tem brilho que incendeia,
É triste ver chegar ao seu final.
Vai fazer muita falta o dia a dia
Sem seu convívio em nossa confraria,
Entretanto as lembranças não levaram.
São as coisas de Deus, Ele é quem sabe,
A nós, agora, no momento, cabe
Usufruir dos seus versos que ficaram.
(Raymundo Salles)
*ETERNA VOZ*
Na senda esplendorosa em que prossigo,
meu coração, repleto de saudade,
degusta a singular docilidade
das tuas criações, dileto amigo.
Tornaste cada verso excelso abrigo
da inspiração, e tanta imensidade
enleva os olhos, pulsa, agora invade
as emoções que em tua ausência instigo.
Da popular à clássica vertente,
deixaste escrito, enorme e reluzente,
o nome no cenário cultural.
A prematura perda me consterna,
mas tua voz aqui ressoa, eterna,
iluminado Plácido Amaral!
(Jerson Brito)
*ETERNAMENTE PLÁCIDO*
Com tristeza, o final de fevereiro
registrou lamentável travessia.
Foi-se embora o poeta da alegria,
fatalmente tombou-se um companheiro!
Revestido em ternura por inteiro,
espalhando seu mar de poesia,
menestrel da amizade e da harmonia,
do Nordeste se fez um mensageiro!
As lições que nos deixa de seus versos
ficarão registradas na lembrança
dos amigos, nos cantos mais diversos.
Amaral, com certeza, sua história
e seu plácido riso de bonança
levaremos conosco na memória!
(Fernando Belino)
*POETA IMORTAL*
O amigo aedo Plácido Amaral
expôs o adeus e agora prefulgura
no céu, em cada estrela, lá na altura,
pois sempre foi um vate genial!
Vencia o dia expondo um vendaval
de encanto numa intensa semeadura....
Tecia vários versos de ternura,
de imensa paz, um bardo magistral!
A sólida saudade esmurra agora
os corações amigos, quanta dor!
Um vasto pranto escorre sem demora.
Eu sei que ainda vive aqui, enfim,
reluz eternamente, com louvor,
na poesia não existe o fim!
(Janete Sales)
*HOMENAGEM*
Ao Plácido, poeta amabilíssimo,
Dedico esta homenagem com tristeza.
Confrade que, no ofício, fez proeza,
sonetista da ABRASSO, assaz caríssimo!
Acometido foi de um mal seríssimo
e, mesmo em face à sua robusteza,
afogou-se na forte correnteza,
E o espírito voltou ao Deus Altíssimo!
Toda a ABRASSO caiu no eterno luto,
pois a morte o levou de um jeito bruto,
findando o seu plantio no trigal.
A poesia chora amargo pranto,
porque cessou na terra o belo canto
do sonetista Plácido Amaral!
(Marlene Reis)
*PLÁCIDO*
Os dias de um poeta são miragens
Que o vate desenhou em seu escrito,
Voando do papel ao infinito:
Lugar, no qual – feliz – produz aragens,
Plantando em corações beleza e imagens
Que vencem a frieza do granito,
Que nunca poderá conter o grito
Do artista que carrega sãs mensagens.
De tudo, fez com zelo e placidez,
Por isso fez justiça ao nome seu,
Fazendo a poesia um apogeu.
De fala carinhosa e sem rudez,
Voou o trovador gentil, cortês;
Tornando-se imortal no que escreveu.
(Eufrasio Filho)
*NOBRE IMORTAL*
A minha pena faz-se inerte e muda.
O meu ser agoniza a pranto pleno.
No pesar desse nojo tanto peno,
A moer minha carne em dor aguda.
Mais um Mestre se foi e deixou desnuda
A poética. A morte, fato obsceno
Contra um poeta, algo que condeno
E me afogo num mar de ânsia profunda.
Porém, um Menestrel é sempiterno.
Não lhe assombram as portas vis do inferno
Nem mesmo o descriador lhe tange o mal.
Um ser divino nunca desce ao limbo,
Pois leva na cabeça um selo, um nimbo:
A Poesia que o faz nobre imortal.
(Paulino Lima)