L’œil de la nuit

(A Stephanie Martins)

Dos altos telhados do mundo fiz meu lar:

Sem nada nem ninguém para me divertir,

Quando a noite vem sobre a cidade cair

Meu único prazer é – te observar.

Observo-te a sorrir e a chorar;

Observo-te a chegar e a partir;

Observo-te a comer e a dormir

Mas você mesma nunca pode me avistar.

Um dia haverei de apanhá-la no ato

E roubar-lhe-ei um beijinho, insolente,

Com a amorosa languidez de um gato…

Mas por ora me escondo, e, secretamente,

Com a cautelosa timidez de um gato

A observo – e imagino tão somente.

Galaktion Eshmakishvili
Enviado por Galaktion Eshmakishvili em 12/07/2022
Reeditado em 17/07/2022
Código do texto: T7557862
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