Soneto - Outono
Percebe-se o cantar das cigarras,
Agitação dos cupins, sob o pinho,
As formigas entre pegas e amarras,
Anunciando outono, logo a caminho.
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Estação distinguida pelas chuvas,
Sempre torrentes e mui repentinas,
As quais delineiam rios em curvas,
Com as águas definindo as rimas.
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Depois das chuvas, muita bonança,
Dos dias calmos, emanados em sono,
Com fartura, festas em abundância,
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Dos frutos e dos pássaros uníssonos,
Cujos sentidos exalam em fragrância,
Na fertilidade dos meses de outono.