Soneto - Linguagem qualquer

Um linguajar descontraído e engraçado,

Às vezes confuso mimético... um Mallarmé,

Idiossincrático, pessoal, além, avançado,

Inexpressível, incompreensível e qualquer.

Linguista que sou fiquei impressionado,

Envolvido pela expressão da mão, do pé,

Da face, do corpo... um agitar apressado,

Ritmo sonoro envolvente, ritmo qualquer.

Necessitando se expressar surgiu o signo,

Nada formal, porém muita relatividade,

Dizem os hipócritas: É a voz do maligno!

Tanta irrelevância, haja vista a maldade,

Tanjida de preconceito, sem interregno,

LIBRAS, meio comunicativo e realidade.

Sérgio Russolini
Enviado por Sérgio Russolini em 06/07/2022
Código do texto: T7554049
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