Do Estrago

Traguei o último cigarro do maço

Ruminando os abraços que amei

Saboerando os lábios que beijei

Cada trago: amasso e estrago

Joguei a guimba ainda acesa no cinzeiro

Julguei que do passado só restam cinzas

Que se dissipam como gás de isqueiro

Que de tanto acender, já nem risca

A fumaça ainda resfolegava no ar

Antes de se sumir como nau em alto mar

Deixando para trás, no cais, o prometido amor

O tabaco, a goia, a brasa, o prazer fugaz:

Descarta o beijo que já não sacia mais

E troca a marca, o peito - por uma nova dor...

Jey division
Enviado por Jey division em 01/07/2022
Código do texto: T7549753
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