SOBRE VOSSAS PRETENSÕES E MEU NOJO
Transcender o vulgar pela fala esnobe,
é impossível como ultrapassar o muro
que se eleva seprando o claro e escuro
em terra deserta e de vontade, pobre.
Pouco importa se o adereço exuberante,
cega com brilho o olho faminto do boçal.
Quem o idioma da ira apenas entende,
vê e tem da beleza o entendimento animal.
Assim mata-se o mundo pra que não sobre
do mínimo refinamento, a memória.
E sujo, bruto e infinitamente pobre,
Vai-se ao inferno habitar com toda a escória,
Clamando a algúm deus de barro ou de madeira,
solução para o nojo e boas maneiras.