DESCALABROS
Exumei de minhas poucas entranhas
Parcas forças de arrostar o presente.
Desamparo fúnebre de alma carente,
Martirizadas visões, agourentas, sanhas.
Ressuscitei em labirinto de artimanhas
Provendo de pudor o ser onipresente.
Descalabro lúgubre de cabal incidente,
Mortificado prenúncio de torpes façanhas.
Imunei minhas tristezas assaz frívolas,
E minhas alegrias contidas sorriram,
E versos saíram em rimadas fábulas.
Revolvi cálido mais uma vez, e sucumbiram,
Adejou solene lá bem longe com auréolas,
Brevidades cruéis sonhadoras, sumiram.