Resposta a uma Carta que Não escrevi
Diz-me então, Vulto triste e peregrino,
Se ao meu clamor, tu ao menos escutas,
Se sou só mais figuras diminutas,
Ou um velho trajado de menino?
Conheço desde que era pequenino
A fraca imagem tua, essas volutas
Que tanto te abateram contra as grutas
No império de terror e desatino!
Me diz ao menos se ainda vivo
E, se vivo, por que tornei-me um crivo
Como esses a passarem por nós? Vemo-los:
Estão exaustos, tão insatisfeitos!
Diria que mais que nós dois, perfeitos:
- Não demonstram assim tanto estar trêmulos!...