Pesadelo

Vejo-me efêmera, na vã procura

Pelo verso puro e evanescente...

De angústia infinda, vazio de ternura,

Disperso e ressoando em minha mente.

Eis que irrompe a noite - e tão violenta! -

E traz consigo a escassez da palavra.

Qual misteriosa assombração magenta,

Vem, invade meu peito e o escalavra.

Pseudo morte a que no ar me lança

- Sopro noturno de desesperança

E de obscuridade - vil desalento.

Mas, dentro de mim, renasce a criança.

E, de tanto sentir, perco-me ao vento,

Planando, ao encalço do esquecimento.

Magmah
Enviado por Magmah em 27/11/2007
Reeditado em 14/01/2008
Código do texto: T754868
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