Caos e calma

Tarde de outono... fria, limpa e clara...

Desmaia o sol na crista da montanha,

silenciosamente e em paz tamanha

que tudo cala e fica imóvel...para!

O céu em tons de púrpura declara

que o dia chega ao fim e não se acanha:

o brilho de uma estrela apaga a sanha

e dorme, sob a noite, a sina amara...

A lassidão do intenso fardo amansa,

cumprido foi o sôfrego trabalho,

resta esperar que a aurora seja mansa,

mas tudo se repete e o novo dia

é a repetição de um velho atalho:

o caos e a calma às voltas na porfia!

Do amigo Jacó Filho:

O CAOS EXPLICITO

Aceita-se facilmente ao se tratar do cosmos,

Nunca em nossos filhos ou comportamentos...

O universo acelerado, está virando tormento,

Faltou planejamento e afetou todos os povos...

O aparente controle esvaiu-se entre os dedos,

Não sabemos do agora o que serve no futuro,

Tão pouco se há na terra um ambiente seguro...

E pouquíssimas pessoas se libertam do medo...

As águas correntes são impróprias pra beber,

A chuva tão desejada já nos provoca calafrio,

Por desconhecermos onde passa o leito do rio...

Mesmo os que já sabiam terão de reaprender,

A utilizar ferramentas que renovam poderios,

No mundo globalizado faltando o senso sadio...

Geisa Alves
Enviado por Geisa Alves em 28/06/2022
Reeditado em 29/06/2022
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