Caos e calma
Tarde de outono... fria, limpa e clara...
Desmaia o sol na crista da montanha,
silenciosamente e em paz tamanha
que tudo cala e fica imóvel...para!
O céu em tons de púrpura declara
que o dia chega ao fim e não se acanha:
o brilho de uma estrela apaga a sanha
e dorme, sob a noite, a sina amara...
A lassidão do intenso fardo amansa,
cumprido foi o sôfrego trabalho,
resta esperar que a aurora seja mansa,
mas tudo se repete e o novo dia
é a repetição de um velho atalho:
o caos e a calma às voltas na porfia!
Do amigo Jacó Filho:
O CAOS EXPLICITO
Aceita-se facilmente ao se tratar do cosmos,
Nunca em nossos filhos ou comportamentos...
O universo acelerado, está virando tormento,
Faltou planejamento e afetou todos os povos...
O aparente controle esvaiu-se entre os dedos,
Não sabemos do agora o que serve no futuro,
Tão pouco se há na terra um ambiente seguro...
E pouquíssimas pessoas se libertam do medo...
As águas correntes são impróprias pra beber,
A chuva tão desejada já nos provoca calafrio,
Por desconhecermos onde passa o leito do rio...
Mesmo os que já sabiam terão de reaprender,
A utilizar ferramentas que renovam poderios,
No mundo globalizado faltando o senso sadio...