CICATRIZES

 

Na alma, no peito inda incendeiam

Mágoas e revoltas revivem conflitos

Ouço às vezes, seus apelos e gritos

Sei das angústias que te grampeiam

 

Num emaranhado de dores amargas

Analisaste uma ferida entreaberta

Um tornado de mentiras soou alerta

Foi preciso pesar no peito as cargas

 

Na balança do seu amor derradeiro

Um veneno foi destilado sem piedade

Morreu lentamente o amor verdadeiro

 

Deixando cicatrizes na alma abertas

O amor está nas mãos da enfermidade

Esperando se curar nas pessoas certas...

 

(Simone Medeiros)