Sanguis aeternus

No sangue rubro os idos, dispersos,

Devorados no torno das desilusões

Impelidos entre espectros imersos

Na escapula, o baque de corações.

Nos pés do interno os delírios emersos

Na correnteza da agonia os varões

Lágrimas rolam dos medos submersos

As amaldiçoadas decorações.

Castigo sem fim dos tristes amantes

Nas pálpebras os olhos de sangue

O enigma da vida se perde no antes.

Para aquelas que querem o meu sangue

Do anoso amor, ao corpo belo e langue

Modestas necrópoles tão distantes.

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 25/06/2022
Código do texto: T7545784
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