Sanguis aeternus
No sangue rubro os idos, dispersos,
Devorados no torno das desilusões
Impelidos entre espectros imersos
Na escapula, o baque de corações.
Nos pés do interno os delírios emersos
Na correnteza da agonia os varões
Lágrimas rolam dos medos submersos
As amaldiçoadas decorações.
Castigo sem fim dos tristes amantes
Nas pálpebras os olhos de sangue
O enigma da vida se perde no antes.
Para aquelas que querem o meu sangue
Do anoso amor, ao corpo belo e langue
Modestas necrópoles tão distantes.