Soneto -Teus segredos
Naqueles tempos soprados pelo deus vento,
Onde desenhávamos corações na areia,
Doces beijos eram roubados ao relento,
E teus segredos desvendados, minha sereia!
As ondas embalavam nossas confissões,
As estrelas eram cúmplices daqueles tempos,
Que a juventude foi o impulso das emoções,
Os segredos subjugados aos pensamentos.
Aonde,deveras, deixei os teus segredos?
Nas areias da praia, nos jardins da orla talvez,
Tempos mil, de mãos assanhadas e dedos...
O mar nos guiou em determinado momento,
Desejos, juras e segredos, por ele submersos,
Para onde as marés aportou tanto acalento?