ALMA VIAJANTE
Maria de Fatima Delfina de Moraes
Quem há de entender
minha alma inquieta:
abre asas ao anoitecer
e assim a vida liberta.
E revoando pelos campos,
entre planícies, vales e pontes,
ofuscada perde seu manto
ao encontrar luz ao sol brilhante.
Encontra o corpo a que está ligado,
e a todo custo quer repousar
de uma noite não dormida.
Corpo cansado, absorto,
catatônico olhar, quase vidrado,
mas sai, para encarar a lida.
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