Soneto de paixão e desespero
Paixão, doce veneno, que entorpece
Paralisa totalmente os sentidos
Os nervos ficam logo amolecidos
E o coração acelerado, se aquece
E a mente, sob efeitos, enlouquece
Os gestos se revelam incontidos
Pensamentos, sem razão insanecidos
E o pulsar apressado prevalece
Corpo e mente em função do destempero
Faz o peito agitar-se em desespero
Se a loucura extravasa na ausência
Do objeto de desejo quase infesto
Resultando em delírio manifesto
Como quem sofre de pura abstinência
Adriribeiro/@adri.poesias