Nihil

A vítrea garrafa,em vez da cachaça,

Vomitou-me umas doses de remorso.

Mesmo assim as bebi – só de pirraça!

Ao meu redor, meditam em seu ócio,

Soturnas sombras nesta bela praça.

Pessimistamente, descansam meus ossos

Doídos, carcomidos pela traça

Do álcool e do fumo. São destroços

De minhalma, da verdade entediada.

Estas mangueiras, estes companheiros,

Esta cachaça, esta lua no céu

(Pairando triste nesta madrugada),

São fiéis testemunhos derradeiros

Do fim da linha diluída em fel…