A Rainha de Istambul
À meiguice da rainha de Istanbul,
Me rendo como servo inconteste,
E embora navegue em marres do Sul,
Meu pensamento vive ao norte tal um cipreste.
No silêncio da minha desmedida solidão,
Abraço-me carente em tuas fotos amigas,
Consciente dessa eterna e doce servidão,
Esperando que tua clemência um dia consiga.
Bela flor que reina formosa no mar negro,
Eu jamais poderei ser feliz e completo,
Sem ter teu corpo em meus braços nesse apego.
Desculpe-me nobre rainha por ser assim indiscreto,
Mas impossível reprimir tão ardoroso desejo,
Vivo sonhando, rogando por este amor incerto.