A Rainha de Istambul

 

À meiguice da rainha de Istanbul,

Me rendo como servo inconteste,

E embora navegue em marres do Sul,

Meu pensamento vive ao norte tal um cipreste.

 

No silêncio da minha desmedida solidão,

Abraço-me carente em tuas fotos amigas,

Consciente dessa eterna e doce servidão,

Esperando que tua clemência um dia consiga.

 

Bela flor que reina formosa no mar negro,

Eu jamais poderei ser feliz e completo,

Sem ter teu corpo em meus braços nesse apego.

 

Desculpe-me nobre rainha por ser assim indiscreto,

Mas impossível reprimir tão ardoroso desejo,

Vivo sonhando, rogando por este amor incerto.

 

Luís Bacelar Vidal
Enviado por Luís Bacelar Vidal em 22/06/2022
Código do texto: T7543076
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.