A TEMPESTADE...

A chuva limpa o solo, mas não as mágoas,

Que ao invés do frescor a dor exalam...

Na terra ainda quente e suas marcas...

Na qual correu o sangue em raso d’água.

Ao se misturarem suor e lágrimas,

A caminho do mesmo chão e nada,

Nem mesmo o coração em desalinho,

A lhe impedir o sabor, que me amarga.

E ali fincaram-se de ti as vis palavras,

Que me disseram fim afim de raiva,

Em meio a tempestade do destino.

Nas gotas que dos olhos me espalhava,

Sem esperança e em semente ilhada,

Envolta em cruel seca e desatino.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 22/06/2022
Código do texto: T7543023
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