A TEMPESTADE...
A chuva limpa o solo, mas não as mágoas,
Que ao invés do frescor a dor exalam...
Na terra ainda quente e suas marcas...
Na qual correu o sangue em raso d’água.
Ao se misturarem suor e lágrimas,
A caminho do mesmo chão e nada,
Nem mesmo o coração em desalinho,
A lhe impedir o sabor, que me amarga.
E ali fincaram-se de ti as vis palavras,
Que me disseram fim afim de raiva,
Em meio a tempestade do destino.
Nas gotas que dos olhos me espalhava,
Sem esperança e em semente ilhada,
Envolta em cruel seca e desatino.