O FIM

 

Todo aquele que no leito meu esbarre

Quando é perto do viver que se encerra,

É sujeito a sentir, no meu escarro,

A vontade que é de abrir o chão que enterra.

 

Desde esteja entendendo o que se narra,

Tudo aquilo que na vida só foi terra,

De repente foge à alma e a vida varre,

E aqui deixa o que a cova a si só aterra.

 

E espíritos no espaço que se amarrem,

Sem perder-se no trajeto que, se emperra,

Leva a crer que do traçado se desgarre.

 

E assim siga a luz que vê, mesmo se erra;

Mas a atinja: o ponto certo onde se agarre

É encontrar, sem confronto, a paz sem guerra...


José Carlos De Gonzalez
Enviado por José Carlos De Gonzalez em 27/11/2007
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