Quase fratura poética
Escorrega, porque não olha onde pisa;
lisa alameda; barquinho navega.
Cega de raiva uiva!_Ah, que ojeriza!
Concisa então se levanta; a mão esfrega.
Pega o “ver so” que estava sem camisa.
Alisa-o; com retidão delega:
_Nega-se quebrado! Só catalisa!
Visa a que veio; não se faça brega!
Entrega toda a verdade, divisa;
Exterioriza e solto trafega.
Rega-se e deixe levar pela brisa.
Valoriza a chuva; e a gota carrega:
_Sossega, é que há vidro na alma: avisa.
Eterniza inteira a fala que prega.
#ordonismo
Uberlândia - MG