Quase fratura poética

Escorrega, porque não olha onde pisa;

lisa alameda; barquinho navega.

Cega de raiva uiva!_Ah, que ojeriza!

Concisa então se levanta; a mão esfrega.

Pega o “ver so” que estava sem camisa.

Alisa-o; com retidão delega:

_Nega-se quebrado! Só catalisa!

Visa a que veio; não se faça brega!

Entrega toda a verdade, divisa;

Exterioriza e solto trafega.

Rega-se e deixe levar pela brisa.

Valoriza a chuva; e a gota carrega:

_Sossega, é que há vidro na alma: avisa.

Eterniza inteira a fala que prega.

#ordonismo

Uberlândia - MG

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 20/06/2022
Código do texto: T7542136
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