No quadro, predomina a cor dourada,
noto que o solo está esturricado,
a solidão travou a vida alada,
sei que Dalí deixou o seu recado!
Vejo a paisagem curta e perturbada
só pode ser um sonho desvairado...
A realidade não está em nada,
cada relógio expõe o tempo errado.
Enquanto o sangue corre em cada artéria,
nós somos dependentes da matéria.
Sempre o relógio quebra, a vida acaba...
Mas toda breve história não desaba,
eis a verdade intensa, nua e crua,
depois da morte, a essência continua...
Janete Sales Dany
ATIVIDADE
FÓRUM DO SONETO
TRILHA DE SONETOS LXII
DIÁLOGO COM A PINTURA
“A PERSISTÊNCIA DA MEMÓRIA,
DE 1931, DE SALVADOR DALÍ