AINDA QUE COM MÃOS TRÊMULAS

Ei de compor, ainda que bem grisalhos meus cabelos,

Ainda que com mãos trêmulas, e bem devagar o faça;

Ei de compor. E, rogo à Deus que ouça este meu apelo,

Ainda que não mereça, que Ele conceda-me esta graça.

Ei de compor, e findar os versos e a estrofe derradeira,

Agradecido por este dom que de Divinas mãos recebi;

Ei de compor a última estrofe como se fosse a primeira,

Agradecido, até o último dia…Por tudo que aqui vivi.

Ei de compor. Ainda que bem grisalhos meus cabelos,

Ei de compor. E, rogo à Deus que ouça este meu apelo,

Pois escrever é vida…Escrever é o ar que eu respiro;

Ei de compor , cantar o amor e a vida com intensidade,

Ei de compor, ainda que cansado por avançada idade,

E, "Obrigado" será a última rima e meu último suspiro.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 19/06/2022
Reeditado em 20/06/2022
Código do texto: T7541194
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