Soneto à Fênix do amor

 

O amor que ainda sinto não renego...

Não lamento e tampouco lhe maldigo.

Se um dia o declarei não me desdigo

Nem disfarço a saudade que carrego.

 

Se ao jugo do querer eu me entrego

Do meu peito a ilusão faz seu abrigo

Novamente a aflição é o meu castigo

A solidão um tormento pra meu ego

 

Mas esse amor reacende feito brasa

Sob as cinzas que no sopro se abrasa

E volta arder mais audaz e insistente

 

Se a Fênix, com fulgor já consumado,

Bate as asas sobre o lume apagado

Faz pulsar nova flama tão ardente...

 

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 18/06/2022
Reeditado em 25/06/2022
Código do texto: T7540680
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