Soneto à Fênix do amor
O amor que ainda sinto não renego...
Não lamento e tampouco lhe maldigo.
Se um dia o declarei não me desdigo
Nem disfarço a saudade que carrego.
Se ao jugo do querer eu me entrego
Do meu peito a ilusão faz seu abrigo
Novamente a aflição é o meu castigo
A solidão um tormento pra meu ego
Mas esse amor reacende feito brasa
Sob as cinzas que no sopro se abrasa
E volta arder mais audaz e insistente
Se a Fênix, com fulgor já consumado,
Bate as asas sobre o lume apagado
Faz pulsar nova flama tão ardente...
Adriribeiro/@adri.poesias