TRAPO HUMANO
Eis uma alma em desalento
Um animal perdido na vida
Talvez um espírito contento
Pela graça que não veio ainda
Sói vós, humano, mesquinho
Um trapo inútil a plenos pulmões
Celebrai com ânimo teu destino
E festejai com belas canções
És tu, pensamento desvairado
O que imortais deixam rastejar
Por este barro amaldiçoado
Sem saber o lugar de chegar
Trapo humano, cantai tua liberdade
Pois nela se fará a tua eternidade!