UM NOVO PRISMA...
O amor requer de ti um diferente prisma,
O qual apazigue na alma o seu passado,
E reclame o não término, sem sofisma,
Mas que entregue o corpo devassado.
Na dor que não doa carícias com cimas,
Mas sorrisos que sorriam apenas o cansaço,
Em língua que goze enquanto se abisma,
Com o furor de olhos abertos e pasmos.
Que ignore o mundo e toda sua aforisma,
Onde importe a visão futura e otimista,
Que nem todo amor seja por pecados.
No qual se expanda uma doce crisma,
Além do horizonte e além desse lisma,
No qual nos valha esse prima dissecado.