ADIOS
Despedi-me como se fosse assim a última vez,
Sentimento que não iria te ver nunca mais!
No remanso insólito de tua pura embriaguez,
Fui um louco confiante à beira daquele cais!
Com aquele sol já dando lugar a lua cheia,
Uma canoa singrando as águas claras do rio...
E eu a espiar tua silhueta refletida e a teia
Na qual me envolvi... Sem saída, eu sorrio!
Hoje, ao olhar o passado que reflete na mente,
Como o rio, a água, a canoa, a lua... Lá estás...
Por anos derramo a mesma lágrima docemente!
Dizer aquele adeus, foi mesmo que morrer, aliás,
Assim, cada vez que recordo vejo que estou morto,
Por estar em ti completo e profundamente absorto.
Poeta Camilo Martins
Aqui, hoje 14.09.2014
19h09min [Noite]
Estilo: Soneto