SONETO AO TEMPO DO JÁ
Nem disfarça que já se sente farta
Sei que logo já vai e não me iludo
E de jeito algum eu quero que parta
Mas sei que não se pode querer tudo
É tempo de casulo de lagarta
Já não há o que dizer… só… fico mudo
Em dose de tristeza que já é a quarta
Entre tantas saudades sobretudo
Você já vai… deixando cicatriz
Eita marca adverbial cruel e vilã
São tantos jás e dor que nunca quis
E pode ser talvez que no amanhã
Reste uma foto para eu ser feliz
Na saudade que morre no Instagram