SONETO AO TEMPO DO JÁ

Nem disfarça que já se sente farta

Sei que logo já vai e não me iludo

E de jeito algum eu quero que parta

Mas sei que não se pode querer tudo

É tempo de casulo de lagarta

Já não há o que dizer… só… fico mudo

Em dose de tristeza que já é a quarta

Entre tantas saudades sobretudo

Você já vai… deixando cicatriz

Eita marca adverbial cruel e vilã

São tantos jás e dor que nunca quis

E pode ser talvez que no amanhã

Reste uma foto para eu ser feliz

Na saudade que morre no Instagram

Airton Memória
Enviado por Airton Memória em 11/06/2022
Reeditado em 12/06/2022
Código do texto: T7535736
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