UTOPIA DA TRINCHEIRA
Olhai para os lírios do campo
Vede que temos, tempos risonhos
Parece o retrato do sonho
Guardando a fonte do encanto
Ouve é silêncio, madrugada
Ouça, o vento está calado
Parece um feitiço cantado
No sussurro da manhã chegada
Sente, quão leve é o sereno
E desce um orvalho ameno
Sobre o chão de quem pede a paz
Olhai para as crianças rindo
Nunca verás semblantes mais lindos
Qual a livre inocência nós trás.