Águas enamoradas...

 

Águas que vêm e vão, dão as suas voltas

Soberanas, com seus ímpetos reagem...

Ufanas, elas seguem e interagem...

Nos obstáculos fazem as reviravoltas.

 

São corajosas, seguem, se aventuram

Lapidam pedras descendo pelos morros

Passam por espinhos sem pedir socorro

Escoam silenciosas, lépidas murmuram...

 

Acariciam melodiosos incêndios conflituosos

Abrandando a sede das chamas ardentes...

Cúmplices dos enamorados em dias quentes.

 

Respingos acariciantes no seu jeito amoroso

Caem abundantes como lágrimas chorosas

Molham nossos rostos, escorrem libidinosas!

 

 

 

Texto e imagem: Miriam Carmignan