A saia cor-de-rosa

Na manhã sombria e chuvosa

deslizei numa casca de banana.

Não fosse aquela mulher bacana

sujaria a minha saia rosa.

A saia nova, beleza esbanjava.

Fora usada pela vez primeira.

Maldita hora passei na feira

que em dia de chuva, deslizava.

Gentil senhora estendeu-me a mão

recuperando meu equilibrio

que por pouco lançava-me ao chão.

Enfim passou a manhã chuvosa

e felizmente chegamos a salvo:

eu e a saia cor-de-rosa.

(Sandra Lima Costa Melo)