É bem mais calmo no olho do furação
Enquanto escrevo pensamentos se rebelam
Arranham minha mente como unhas no muro
Quando falo sentimentos não se revelam
Ninguém escuta reticências que murmuro
Enquanto resisto aos demônios que conjuro
Também os anjos os meus glóbulos debelam
Meu riso disfarça meu Alter Ego inseguro
Homem e menino sou a arena em que querelam
Acelerando em frente mas na contramão
Beijo a face e me traio como a um irmão
Quero aventurar-me em meu mundo recluso
Quero o doce e evito o azedo do limão
Encaro o risco mas desisto de antemão
Me resolvo bem em ser assim tão confuso