AMANHÃ TEM MAIS...

Engraçado, quando lembro daquele adeus,

O velho “o problema não é você, dou eu”,

Como quem conversa com amigo distante,

Nas rodas de bares, informal, maçante.

Mas querendo dar pequena esperança,

Com linguajar reto, mas assim, temperança,

Na qualidade de uma mente infame...

Pensando, talvez, “só espero que sane”

Não me é dor, rancor, apenas lembranças,

Não me vem em imagens, apenas lambanças,

Essa tola coisa que com o coração se faz.

Se despedir como quem bate e apanha,

Ou sem vítimas, como não fosse sanha,

Como quem diz “amanhã tem mais”.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 31/05/2022
Código do texto: T7528064
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