VELHA VIA
Meu ar de poeta, entregue à tristeza,
nem sempre traduz-se na minha poesia.
Mas o transeunte, que corre a avenida,
por vezes conduz-me a uma velha via;
por onde, sonhando com a calma do vate,
construo um mote de metros-saudade,
tentando dar voz à tristeza do outro,
oculta na pressa da modernidade.
E embora esse eu outro nem saiba de mim,
ou de minha poesia mal remediada,
acabo provando, ao sonhar assim,
que o ar do eu poeta, por esse remédio,
no melhor estilo do ultra-passado,
ainda acalma as dores do tédio.
Meu ar de poeta, entregue à tristeza,
nem sempre traduz-se na minha poesia.
Mas o transeunte, que corre a avenida,
por vezes conduz-me a uma velha via;
por onde, sonhando com a calma do vate,
construo um mote de metros-saudade,
tentando dar voz à tristeza do outro,
oculta na pressa da modernidade.
E embora esse eu outro nem saiba de mim,
ou de minha poesia mal remediada,
acabo provando, ao sonhar assim,
que o ar do eu poeta, por esse remédio,
no melhor estilo do ultra-passado,
ainda acalma as dores do tédio.