Soneto das Manhãs

É o orvalho das manhãs misteriosas,

Espalhado ao sabor do vento fino

Que nos faz a beleza destas rosas

E enlaça nosso ser em desatino.

Ah! Não, amada, não sou mais um menino!

Me pintam como tal feições airosas,

Porque com o sol celestial, me ilumino

E me dão menos idade as formosas

Curvas tuas!... Sigamos o caminho

De rosas que nos cercam sem espinho,

Ardendo com cautela pelo sol...

E ao fim? O que teremos? U'a colheita!

E no fim do caminho uma seita

Ao sol poente, e o Deus é o arrebol!

Rogério Freitas
Enviado por Rogério Freitas em 30/05/2022
Código do texto: T7527059
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