Soneto das Manhãs
É o orvalho das manhãs misteriosas,
Espalhado ao sabor do vento fino
Que nos faz a beleza destas rosas
E enlaça nosso ser em desatino.
Ah! Não, amada, não sou mais um menino!
Me pintam como tal feições airosas,
Porque com o sol celestial, me ilumino
E me dão menos idade as formosas
Curvas tuas!... Sigamos o caminho
De rosas que nos cercam sem espinho,
Ardendo com cautela pelo sol...
E ao fim? O que teremos? U'a colheita!
E no fim do caminho uma seita
Ao sol poente, e o Deus é o arrebol!