QUASE . . .
Fico rodeando a mim mesmo em pensamento...
Ora estou em mim, ora estou fora, no infinito!
Ninguém ouve sequer o meu intenso grito...
Estático, ao lado do precipício em movimento!
Onde as imagens chegam como enormes rochas,
E na imensidão do meu pestanejar em chamas,
Vejo peripécias de menino caindo como tochas!
Dou risadas, choro... Feitoria, ainda me amas?...
Vem, traz de volta a alegria da minha meninice,
O encanto da grota de água barrenta, o açude...
Lagoa da negas, correr com cabritos na planície!
Sinto, fui feliz sim, naqueles dias... O quanto pude!
Hoje só resta mesmo a ilusão de se ter a reversão...
Inexistente máquina do tempo... Sofre, ó coração!
Poeta Camilo Martins
Aqui, hoje, 19.07.2013
21h00min [Noite]
Estilo: Soneto