APRENDI . . .
Regando aqui com minhas lágrimas o travesseiro...
Por este teu amor desgraçadamente infecundo!
Nesta vil madrugada quente e tétrica de janeiro...
Voltando ao meu solitário poço triste e profundo!
Não mereces estas lágrimas, és uma prostituta...
Como fui confiar em um amor assim desse jeito?!
Isto é o que acontece, quando o coração se escuta...
E ao acordar para a realidade, o estrago já está feito!
Não pude gritar bem alto como eu mesmo gostaria,
No meu silêncio... Aprendi a chorar só com o coração...
Era bem melhor a morte, assim eu não mais sofreria!
Sofrendo, em pânico e desespero, a dor da desilusão!
Juro, nunca na vida, por séculos sem fim, te perdoarei,
Posto que és a maldita causa do mal, que dele morrerei.
Poeta Camilo Martins
Aqui, hoje, 29.01.2021
15h37min [Tarde]
Estilo: Soneto