TERESINA
(Singela homenagem a minha querida capital do Piauí)
Quando eu nasci, ela já estava lá, linda e mui formosa...
Meus pais morando na Alameda Parnaíba, na matinha,
E lá fui eu nascer no interior, na antiga feitoria, lindinha...
Pelas mãos de mãe Pêda, maravilha de parteira já idosa!
Depois que cheguei, tudo mudou, amei minha Teresina...
Fui crescendo, conhecendo cada canto e foi um encanto!
Atravessar a ponte velha pra Timon era pura adrenalina,
Tomar banho no rio parnaiba, era paz e um acalanto!
Estudei nas boas escolas John Kennedy, Monsenhor Zaul,
No João Clímaco de Almeida, Zacarias de Góis (Liceu)...
Encontrei Odinéia no Helvídio Nunes, com quem me casei!
Ia pela cidade inteira, a pé ou de bicicleta, indo de norte a sul!
Tranquilidade era o que não faltava na minha linda Teresina!
Parecia dormir em berço esplêndido, feito uma bela menina.
São tantas coisas pra dizer, desse meu viver em Teresina...
Que uma poesia só não dá... Nem num livro inteiro caberia!
Contar de minha mãe das Dôres e de meu pai José, eu diria,
Foram muito felizes na escolha, esta cidade é uma coisa fina!
Teresina dos meus sonhos de amor, do parnaiba ao rio poty...
Das feirinhas na praça Saraiva e novenas na igreja do Amparo!
Mercado velho no tempo do seu Felipe, na Rua João Cabral, ali...
Passava o estádio Lindolfo Monteiro, mercado Raul Lopes, claro!
Meus amigos no Pirajá, Francisco Herbert Neves da Cruz, saudade!
Viva Teresina que me ensinou a viver e a amar todos sem maldade!
Os amigos intelectuais, dos tempos da união Brasileira de escritores...
Eu me devoto a ti, cidade verde, terra de todos os meus amores!
Amarei-te, feito Héstia, deusa grega, protetora e amante da cidade...
Estarás em mim e eu em ti, ligados pelo amor, por toda a eternidade.
Poeta Camilo Martins
Aqui, hoje, 14.08.2021