Clareira de Luar
Chega calada,a noite,e pouco atenta
Ruflando-se de medo:o mês de agosto
E que o temor que nunca se acalenta
Debruçado no vento,o vago oposto...
Clareira de Luar - ronda agorenta -
Um pássaro noturno vela o posto
A estrela ofusca lúcida,opulenta
Antes raiava a luz de raro gosto...
Longe,medo vitral,tudo amedronta
Apelo o sonho de intrigante agravo
E o sussurro do vento como afronta.
Clareira de Luar - noite ofuscada -
E o brilho que reluz o medo escravo
Da folhada campestre vaga na noitada!
Julio Moreira
Contrastes . poesias