MEU FARDO
Do fardo do qual nunca senti o peso
Restou o maior peso que carrego
Cri sempre que seria sempre ileso
Não vi que fora engano do meu ego.
Não há fogo que sempre fique aceso
Eu na minha ilusão andava cego
O tempo depurou, fiquei surpreso!
E num mar de lamento hoje eu navego.
Soubesse a dimensão das consequências
Plantaria sementes só de flores
Incauto, plantei só irreverências.
Os frutos tão azedos, seus sabores
É a paga pela falta de consciência...
Meu fardo se resume em dissabores.
GRATO, BELÍSSIMA INTERAÇÃO:
SEDE SÁBIOS!
NADA HÁ QU’ NÃO TENHA CONSEQUÊNCIA
MESMO SE DISSO NÃO NOS DEMOS CONTA
SEM MALÍCIA NÃO SE ESPERA AFRONTA
DO QUE MOSTRA NÃO TER CONSCIÊNCIA
QUANDO ASSIM É, CHEGA COM FREQUÊNCIA
DISSABOR QUE CONSOME PONTA A PONTA
ENTÃO O CORAÇÃO MAIS QUE DESMONTA
IMPEDIDO DE SENTIR OLÊNCIAS
SE QUISERDES FRUTO BOM COLHER,
INCAUTOS, PLANTAI A BOA SEMENTE!
E NÃO TEREIS DO SOL O ESCONDER !
TUDO CLARO SERÁ COMPLETAMENTE
SEM FARDOS , SEM TERDES O QUE ENTENDER!
GÁUDIO DESFRUTAREIS DOCEMENTE!
(Esther Lessa)