Soneto para Elisa e Marcela

Que ternura, que beleza na tela!

Encontrou o cineasta inspiração

De, com sutil leveza e exatidão,

Nos contar o amor de Elisa e Marcela...

Foi lá, na longe Espanha antiga e bela,

Que entre as mocinhas explodiu paixão,

Gigante, extrema, como um furacão

A escandalizar a gente que zela,

E, com preconceito, tanto rejeita

A família que não se estabelece

Segundo a “boa” norma, que se aceita...

Mas se a narrativa a tela bem enfeita,

Dizendo do amor que nunca fenece,

É porque há luta que não se enjeita...