Medo Moral
Inspira-me fonte astral da aurora boreal,
Sobre meu olhar penetrável do horizonte,
Com a cintilante forma predominante
Dos teus irisados raios, no meu corpo pineal.
Aversa-me em egressas utopias dos pedantes
Pactos da magnífica mente humana neural,
Jactantes nas fugazes comunidades carentes,
Fatigantes dos assédios dessa moralidade infernal;
Das insígnias soslaias à apoteose essencial,
Decadente nos néscios afagos de enredo
Temente do eufemismo – além-bem e aquém-mal;
Dos enigmas versáteis aos paradigmas que cedo
Percorro, pleiteando à luz da erudição austral:
Socorro! – contra o corolário do medo moral.
Jeazi Pinheiro, em “O Último Poema”.