AMOR EMPÍRICO...
Não quero tuas lágrimas por vingança,
Embora não aceite também os risos,
Deixarei ocultados nas lembranças,
Por conceber que disso eu preciso.
Arrimo que no peito seja segurança,
Um lembrete de que o amor é risco,
E perpetuar a demasiada esperança,
Seria tolice de deixar no olho um cisco.
Não maculo em mim tua importância,
Nem destilo o veneno da intolerância,
Mas apenas o direito ao silêncio lírico.
Tanto quanto a medida de distância,
Que no caso é sempre uma constância,
Embora não seja a dor amor empírico.