SONETO IN VITRO
Meu rosto encara tanto rir em plágio
Despreza o fato que em si mais venera
Mal sortilégio sucumbe ao presságio
Exibe escárnio quem menos pondera
A mente cansa de esperar o lívido
Espanca o ar como quem soca um cão
A sorte alcança mais quem tem vivido
Do que quem espera do azar um não
Eis o enigma zumbe e corta o ar
Fio afiado qual vil cimitarra
Faz da razão produto mais indigno
Eis a pergunta que faz duvidar
Ordem desfaz quietude em algazarra
Se tal empenho contradiz o Signo
21/05/2022
16:01