Ilusão
Ver-te assim, Lídia, no campo entre malvas,
Enche-me o peito - risos de brandura!
Quando cheiras as cálidas e alvas
Flores, meu coração em nós murmura.
O prado é teu, as flores estão salvas!
Teu cuidado e carinho com a verdura,
Me guarda de erros e me faz ressalvas
Faz bem às flores e a minha candura.
Ah! Porém estás longe, no Paraíso!
Vejo agora a secura deste tampo:
O que domina em mim algum indriso...
Resta-me agora a beleza deste grampo
Que vem todas as tardes num sorriso
Alegrar a tristeza do meu campo.