(DE)AMANTES...

Quero de ti o mesmo olhar da paixão do primeiro dia,

O carinho de quem não terá nada mais importante,

Só o arrimo dos abraços em doce e cálida rebeldia,

Que no fingir a negativa, se entrega em instante.

Que deboche do tempo, na hora mais arredia,

E no meu corpo por gozo e vontade se imante,

Dizendo de qualquer som ser a nossa melodia,

Nessa dança de beijos, suor e desejos infames.

Acordar sempre na mesma manhã radiante,

Seria possível manter esse amor tão constante?

Se for... teu amor em minha alma, meu guia.

Então lapidaríamos todo o conceito de amantes,

Nesse brilho que tudo corta, seríamos diamantes,

Numa rara gema de um gemer que não existia.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 21/05/2022
Código do texto: T7520521
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.