まぼろし
A névoa é meu trono; o Empíreo, meu lar –
Em mim encerro teu futuro e passado,
Mas lembra-te! Lhe será sempre vedado
Meus arcanos em plenitude perscrutar.
Sonhos, visões, quimeras posso conjurar,
Às tuas ordens erguer-te um reino encantado –
Mas lembra-te! Lhe será sempre vedado
Discernir meu rosto, ou mesmo me tocar.
Às vezes deixo-o singrar o céu livremente,
Noutras faço-o esborrachar-se ao chão
Sem que me toques, como queres, finalmente.
Vê! Sou a Essência de tua contemplação:
Um sonho eterno! Um devaneio tão somente –
O intangível fantasma de tua ILUSÃO!