Ninguém escapa do brilho da Foice

Não mais moribundo é esse velho fantasma

Tão real e vívido, pois estou acordado

À este pesadelo pareço estar fadado

Quieto, o ar faltou em minha alma pasma

Incapaz de reagir a vertigem da asma

Sucumbo ante o Acaso malfadado

Abutres fitam o meu ser degredado

Sentem ao longe meu odor de miasma

Todo estes sonhos são tão nascituros

caminhos perecem tão prematuros

ninguém escapa do brilho da Foice

Cavalos selvagens mas tão inseguros

Correndo por pastos frios e obscuros

Até defrontar com a violência do coice