NOITE

À noite cão sarnento nas vielas

Lambendo a boca podre dos vencidos

No caos onipresente, das janelas,

Cobiçam os olhares ressentidos.

À noite tomam sangue nas goelas

Vampiros, viciados, inibidos...

Coturnos tramam golpes nas mazelas,

Batinas buscam corpos proibidos

Sombras ditam a cor da liberdade

Saqueando o pudor das etiquetas

Os segredos desnudam a verdade

Em quantos corações tantas facetas

Que negam a libido e a maldade

Gozando-as nos becos, nas sarjetas

Renan Ivanildo
Enviado por Renan Ivanildo em 17/05/2022
Reeditado em 20/07/2022
Código do texto: T7517998
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